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O dilema da montanha - parte 1.

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Encarnado

Uma alma entre ossos a vagar, correr e gritar não são opções contra seus grilhões. Os rios, os ventos, libertos pela força da natureza lhe invejam a decadência da carne, sua pobreza. E nos instantes mais íntimos de sofreguidão tamanha estende-se misteriosa mão coberta de luz e lhe apanha.

A Lua.

  A Lua destoava impávida no céu com seu garboso brilho, como se quisesse ofuscar a todos nós, seus súditos, devotos de sua de beleza. A Lua nos embriagava com seu esplendor. Parecia que ela sabia que eu a admirava e ao mesmo tempo sorria, com um sorriso bobo de quem está apaixonada. Ela estava tão grande e esplêndida que quase a tocava. A Lua , estrela guia, lua amiga que nos clareia e ilumina. Ah! A Lua, faceira menina que ri e ilumina, meu rosto feliz por vê-la brilhar.

Mais um preto.

Um preto andando no asfalto galo cantando alto sai pra se virar. Na disputa ele sua, escuta que o melhor da vida é pernas pro ar. Diferente de toda essa gente que vive contente rica e feliz ele olha pro chão deprimente não é do feitio dele empinar nariz. ele olha pro chão deprimente não é do feitio dele empinar nariz Ele percorre o caminho das pedras pontiagudas, duras, sem o sofrer da dor, carrega um grande peso no peito nas suas costas largas de um lutador. E pela noite, quando o Sol se esconde a violência reina num temor sem fim. Diferenças de um irmão e outro preconceitos claros de um mundo ruim. A polícia agride com força E a Lua ilustra o sangue ao serenar Ele teme no caminho de casa e pede aos orixás conseguir chegar. Ele teme no caminho de casa e pede aos orixás conseguir chegar. OBS: AJUDE A VAKINHA PARA PUBLICAÇÃO DO MEU LIVRO. https://vaka.me/2378642

ta bom

Quando eu morrer, quero uma festa. A vida já é parada demais, triste demais. Não quero nada de chororô. A esperança de uma morte boa é o que me resta. Quando eu morrer, quero uma festa com muita cor, comida e bebida. A vida é tão cinza, faminta e sóbria que A esperança de uma morte boa é o que me resta.

As cores do dia.

O dia nasceu amarelo, de luz,  adentrando as minhas retinas  me permitindo ver. Se escureceu conforme o amarelo  das cascas das bananas se mesclavam com, o preto normal,  de uma fruta madura. Se achou no marrom profundo do café, que mesmo emaranhado, no branco leite desnatado,  se fechava em tons mate. O céu azul radiante,  contemplava o verde das maritacas cantando aos montes, ainda pela manhã. No vermelhecer da tarde por entre as nuvens o Sol,  imponente gerador providencial da vida terrestre, ensaia sua partida, se despede em rasgos  alaranjados e rosados pelo horizonte e com a vindoura noite, um azul marinho abraça como uma redoma  a visão periférica que define o que nos rodeia.  As cores, elas se fundem com a alma sem nem ao menos termos consciência, mas pelo que as leis naturais nos permitem, já é de grande valia termos preservadas, todas elas em essência.

Considerações.

   A criação em tempo de ser uma obra-prima, aos olhos dos outros, é capaz de deflagrar, em ódio e inveja, o que na verdade, deveria ser visto como a salvação. O trabalho contra o tempo é de gerar constante insatisfação na inconstância da necessidade produtiva em contraposição com a vontade de produzir, que nada mais é que a criatividade em abundância aflorando no ser. Rês ser, enjaulado, encarcerado na habilidade das próprias mãos e na capacidade imersiva do pensar, do cérebro, das faculdade da alma, presa nos grilhões da dita evolução humana, ocaso da vida em comunhão.