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Mostrando postagens de 2013

Obrigado.

   Eu resolvi escrever pra você, meio sem saber por onde começar, ou exatamente o que dizer, mas não me excluí da sorte de tentar. Você é um ponto brilhante pra mim. Nesse mundo escuro, no universo escuro, é a estrela pra onde eu olho e sempre vejo brilhar. Você me guia sem nem saber, você nem se dá conta de que funciona pra mim como um farol na costa e eu perdido no mar me encontro pelos teus sinais.    Você é forte sem deixar de ser sensível e isso é um dos pontos que mais admiro. As palavras "novas" que você emprega e me faz correr ao dicionário para finalmente incorporá-las no meu vocabulário já saturado, numa mente saturada, que, bem raramente, consegue usufruir de tudo que tem a seu dispor. E você me torna mais vivo, mais acessível a mim mesmo, me abre os olhos, os ouvidos e o coração. Me enche de alegria, me torna pensativo sobre assuntos nunca explorados nos meus pensamentos. Me faz indagar a mim mesmo, me obrigando a mergulhar mais fundo em mim, me obrigando a me to

Todos eles.

Aqueles que não são ricos mas que também estão longe de passarem fome que não entendem de luxo nem de necessidade Aqueles que fogem que querem fugir de papos cabeça de discussões sobre o futuro, simplesmente, por não terem tempo, mas arrumam tempo para o futebol.

Sempre eu só.

Sempre sou eu que quero demais. Sempre sou só eu que quero, mas eu não me desespero. Pois o meu coração faz um som tum, tum, tum, tum. Sempre sou eu a me declarar e disso eu nunca me envergonho. De querer viver um sonho. Pois o meu coração faz um som tum, tum, tum, tum.

Uma noite no motel.

Me deixo levar muito fácil... As palavras doces ao pé do ouvido, os beijos no pescoço,, a carne suculenta, pronta para o abate... o sexo apaixonante, a corrente energética da vida que ao mesmo tempo que vibra, sai do centro do meu corpo até as extremidades, dormentes, relaxadas, e se esvai.

Jazz

Eu te quero muito, mas te quero muito bem. Se o meu querer não vingar que seja o de outro alguém. Eu te quero feliz zen. Em paz consigo mesma, sem medo de ninguém, sem medo de errar. Te quero forte do meu lado, de qualquer lado Perder  no amor faz parte, mas tive sorte. Perdi no lucro de te encontrar menina-obra-de-arte.

Reflexo sem espelho.

   Mais uma noite de calor extremo, como muitas outras na minha vida, noite essa acompanhada da insônia, já costumeira, a qual nem o remédio respeita. Se estivesse nevando lá fora as insatisfações seriam as mesmas, então por que colocar no clima a culpa que cabe a nós mesmos?    O vizinho é culpado, no máximo de reconhecimento, ele é um pouco mais culpado que nós, ou tão culpado tanto. Nós? Porquê usar o plural? Mais uma artimanha para que eu possa me libertar do sentimento de culpa dos deslizes de cada dia, a provável desculpa seria a tentativa de fazer fingir que o plural serviria para que o "caro leitor" se sentisse como eu me sinto: culpado e impotente; mas não. Essa transmissão de culpa só seguiria adiante, fazendo com que o leitor também pensasse no vizinho, no padeiro, no cara no assento preferencial do ônibus, cutucando o nariz com o dedo e fazendo isso enquanto poderia ceder o lugar pra alguém, isso tudo seria pensado, matutado, triturado sem a menor chance de que o

Ciclos

Quero morrer a cada dia por ventura do bem viver, fechar quantos ciclos for possível e então renascer. De sorte que, a cada escolha certa. a distância entre o ponto de partida se encurte até a meta. Que crescer possa significar errar e reconheccer e acertar, compreender. E que em cada morte nasça um eu de novo.

O que é o amor?

O que é o amor senão um aglomerado de combinações químicas dentro do cérebro que passam pelo sistema nervoso e ficam e nos entorpecem e nos entopem e nos fazem querer mais e nos viciam sem reabilitação enquanto a única salvação é o efeito da droga acabar.

Inabalável.

Na calada, diz-se tudo inabalável balada, inebriante fala moldada no silêncio, no sussurro, no ouvido encostado por lábios. Na meia luz a mão conduz, deixa-se conduzir, a induzir, a cada movimento prever as tendências vívidas, em vicissitudes de prazer. Inabalável, levantando o véu, seco e molhado ao mesmo tempo, revelador e afável. Apetitando sensualidades antes nunca imaginadas. As mãos seguem, se servem e são seguidas pelos demais... pelos.

nada faz sentido, nem mesmo esse texto?

Ontem eu abri mão da vaidade. Deixei de cuidar um pouco de mim para então poder cuidar melhor, por dentro, produndamente, de verdade. Procuro palavras, procuro cascatas que reguem minha criatividade de forma pulsante, gritante, ecoante e que esses ecos me lembrem o que a minha memória não permite

Escolha.

Eu sinto um turbilhão de coisas como uma chuva forte, uma tempestade que lava tudo, dissipa o mal e tem cheiro bom. Por isso decidi esperar. Esperar o "como", o "onde" e o "quando" e ninguém tem nada a ver com isso. A escolha é minha e eu já escolhi você.

Troca.

Da parte que me toca,  do que é tocante, da esperança, de esperar por tanto e por pouco em troca. Suceder o agrado, a recompensa da presença da pessoa querida, pelo muito querer, no íntimo desejo  e pelo tempo esperado. Se faz mister o calor nos corações daqueles que, pelo desejo do bem enfraquesem-se demais, doam-se a outrem e acabam por sofrer.

Pequenos brilhos.

   É preciso que nunca esqueçamos da beleza. Ela é fundamental em nossa vida. A beleza é tão fugaz, não em sua essência, mas na percepção da mesma, que é tão sutil, em tão frágil instante que se esvai no vento, no tempo, que às vezes, nem a notamos.    "Bom dia!", " Eu te amo."São as pequenas coisas, os pequenos brilhos. Os mesmos brilhos dos sorrisos estão nas lágrimas libertadoras contra a luz do sol, quente e renovador sempre.

Platonicidade.

   Eu adoro o sorriso dela. A espontaneidade, sem luz, sem maquiagem, sem "câmeras...ação!", pura verdade, zero ilusão. É disso que eu gosto. Mulheres verdadeiras, mulheres de verdade. Tem que ter alma, tem que ter "samba" até no rock'n roll. Eu gosto de ginga, de bamba, do Rio, ou de "Sampa".    As rimas não são propositais, são apenas os ases do baralho. Pra que soe um pouco mais bonito e que se não tocar a alma, que toque aos ouvidos.    A platonicidade vai até aonde? Será até o momento do encontro? Será o tornar mais gostoso o que é proibido ou inalcançável, o grande gatilho dessa arma? Essa arma dispara a esmo e sem controle, ou totalmente sob controle do que pode se chamar de destino, mas que eu prefiro chamar de coincidência. O ato de coincidir, de forma simultânea e de forma aleatória, porém totalmente dentro das regras do universo.

Entre nós.

   Harmonia é respirar junto, no mesmo ritmo.    Alegria é olhar nos olhos e vê-los sorrindo    e sorrir de volta sem medo.    Coincidência, destino...    são palavras que podem explicar parte disso,    mas não precisam por definir o que é    o tudo que existe entre nós.

É ele mesmo.

O amor é o algoz do coração E nas dores causadas por todo seu absurdo Nas lascas arrancadas por esse verdugo Insistimos, Incessantemente, Em torná-lo canção. Movimenta ventre para dar a vida Gera calor, movimentando corpos Sem pudor. E de forma atrevida Diante do beijo, do sexo A paixão ganha mais cor. Aglomera Faz crescer, ensinar Para aprender Faz parte machucar. Em água e óleo Faz-se quimera. Na heterogeneidade das psiquês Da pluralidade Das necessidades Surge a união. O acordar Um clarão Que alegra Deus E abala os reis.

Mito do grito.

Hoje eu tô com aquela vontade de dar um grito. Um daqueles ensurdecedores brados retumbantes  de arrepiar dos pelos do braço à barba do rosto. Hoje eu quero gritar com gosto. Só não sei ao certo sobre essa sensação... se é de felicidade, pressa, euforia, se é uma grande mistura de emoções. Hoje eu queria poder leiloar o meu grito só pra saber o quanto alguém pode pagar por ele, o quanto me deixaria rico. O silêncio que precede o esporro da desordem organizada dentro de mim. De onde eu faço ouro.

Tudo é fugaz.

Tu(do) é fugaz. Não diria que tudo, nem eu, mas a tristeza sim. Aos outros sentimentos e sensações, por mais que a dúvida me cerque, eu lhes preservo no campo da experimentação. Então que seja a tristeza fugaz.

Hoje à tarde.

     Estresse circulando nas veias, as mesmas pulsando em compasso arrítmico. O suor frio escorrendo na testa e o calafrio provocado pela tentativa inútil dos seus músculos de relaxarem sofrendo o choque tensional de toda a região do sistema nervoso de forma agravante.      O medo é predominante, a impaciência é constante, a hiperatividade acalma de forma errônea. Muita coisa está errada e nada faz sentido nessa droga.

Só sei que nada sei da vida.

   Eu não sei o que eu tenho feito para atrair tanta efemeridade. Prazer fugaz, amor de algumas horas, abraços ao vento. Eu quero alguém que tenha uma filosofia de vida parecida, alguém que acredite no que eu acredito para que eu possa me sentir compreendido, para que acreditemos juntos e mais forte.    Quero ser mais forte para dar mais força, empurrar e ser empurrado para frente. Eu não sei tudo que eu quero, gostaria de ser surpreendido até mudar de querer, mudar de gosto, amadurecer as ideias e crescer.

Meu desejo.

Não quero te invadir, tampouco ser evasivo. Não quero me prender às coisas que possam vir a acontecer de ruim. Não quero deixar de te encarar com um sorriso, nem mesmo de te fazer ficar vermelha de vergonha. Quero me espalhar em você, me misturar, sermos um só. Quero estar no nó que não desata por mais que a corda estique Quero calor, teu peito e sussurros pela manhã.

Mulheres.

   Eu vim aqui para falar das mulheres, fêmeas efêmeras, de passos passageiros e marcantes na carne, no sangue, no corpo e na alma. Mulheres que acalmam, que precedem a paz do paraíso nos milésimos que antecedem o gozo, a dança, o balé na cama, o adágio antes da pirueta.    Eu vim aqui falar de coxas que se abrem para receber amor e dar a vida ao mundo cão. Das peles macias,   dos cheiros doces, que lembram flores, que lembram frutas, que fazem salivar. Fazem da dor um grande prazer, da aspereza das paredes que roçam na carne nua às súbitas trocas de corações decadentes por outros mais ardentes.   Às atrozes, às algozes, às belas, às inteligentes, às mentes, os dentes, às fortes, aos seus pés, sempre.

Hoje.

Eu estou inquieto e parado, em movimento e sentado, pensando alto e calado, separatista e misturado. Eu estou no meio, mas indo pra borda, quero fazer amigos, mas sem dar corda, quero poder chorar sem me incomodar, eu estou sem tempo, vendo o tempo passar.

Deitados na rede.

   Muitos de nós estamos deitados na rede. Estou deitado na rede. Estamos deitados na rede e desnudos. As nossas roupas estão no varal ao lado, de perfil. Estamos nus e chorando, sorrindo, reclamando, rezando, comentando, curtindo, compartilhando informações.    Nós somos informações, algumas interessantes, mas em grande maioria desinteressantes. Informações desinteressantes sobre vidas maçantes. Estamos todos deitados na rede e essa rede balança, balança rápido, rápido demais para que essas informações sejam recebidas com a importância que merecem, ou que sejam ignoradas com a importância que merecem.

Tudo calma, tudo acalma, tudo é calma.

   Campo verde limpo, grama, o sol tocando a pele de leve e a brisa pra contrapor o calor.    Sorvete de creme, morango, suco de laranja, pra movimentar dançar tango.    Um som familiar, tambor, cuíca, violão e o surdo comanda o samba.    Sorriso grande, sem vergonha, piada de tudo. Da vida a gente ri pra não morrer de desgosto.    Esperança sem ficar esperando, andando, sem parar, pra frente e sempre forte almejando pra alcançar a calma, o amor.