Não se pode ver o que se sente e o que se sente não se vê. São coisas separadas e inexplicavelmente inexplicáveis dentro de um mesmo contexto. Ver é grosseiro, falho diria até que é fadado ao erro. Mesmo que depois de muitos anos, quando os olhos estiverem cansados e contestando a necessidade de suas existências. E sentir? Será que cabe somente ao coração sentir? Ao órgão, coração? Caso seja, é tão falho quanto. E mesmo que seja depois de muitas batidas, uma hora o ritmo será descompassado, em contrações frágeis de se perderem na incapacidade muscular. O sentimento é algo grandioso, confuso, inconsequente, inesperado, descontente,amargurado, alegre e contemporizado. Ver é maravilhoso, colorido, surpreendente, animado, brilhantemente apaixonante e totalmente perecível ao tempo passado.