O dia nasceu amarelo, de luz,
adentrando as minhas retinas
me permitindo ver.
Se escureceu conforme o amarelo
das cascas das bananas se mesclavam com, o preto normal,
de uma fruta madura.
Se achou no marrom profundo do café,
que mesmo emaranhado, no branco leite desnatado,
se fechava em tons mate.
O céu azul radiante,
contemplava
o verde das maritacas cantando
aos montes, ainda pela manhã.
No vermelhecer da tarde
por entre as nuvens o Sol,
imponente gerador providencial
da vida terrestre,
ensaia sua partida,
se despede em rasgos
alaranjados e rosados pelo horizonte
e com a vindoura noite,
um azul marinho
abraça como uma redoma
a visão periférica que define
o que nos rodeia.
As cores,
elas se fundem com a alma sem nem ao menos termos consciência,
mas pelo que as leis naturais nos permitem,
já é de grande valia
termos preservadas, todas elas
em essência.
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