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Mostrando postagens de junho, 2012

Sol de Beatriz

Eu quis te dar o meu amor, mas você não percebeu que pra mim é difícil, sim, pra eu me entregar por inteiro. E disso eu sei, por onde andei eu quis plantar sem preparar a terra. O Sol surgiu, o chão ardeu e tudo secou. Não vou lutar, eu só quero você em paz. Vou me render ao coração que me conquistou e assim viver.

Ter-a-pia de casa-l.

Mais um nome pra lista. Outra vez o destino... existe o destino? Já tinha jurado pra mim mesmo que não falaria mais esse nome. Não acredito em destino. Coincidência é melhor. Um ciclo. Mais um cigarro que virou cinzas. Vicioso? Não. Nesse ponto não. Separação amigável sem partilha de bens. Cada um pega apenas o que realmente é seu e vai embora. O que tiver que ser será. Se tivermos que nos encontrar uma fila de banco, um supermercado, padaria, todos vão estar nos esperando por lá.

Morte do espelho.

Por vezes ao dia penso na morte. Se meus pés morrerem meus joelhos me sustentarão? Se os pés que plantei morrerem frutos não mais darão. Se as fontes de amor morrerem os meus segundos de paz não mais existirão? Saber perder pra morte. Arte insólita e triste. E se eu perder o meu amor? E se meu amor morrer? Se morrerem os dois, o de dentro e o de fora? Aqueles olhos cor de amêndoa não mais me servirão de espelho pois estarão fechados pra sempre.

Ásperas aspas.

Muito se preocupam com as aspas Sobre quem as abriu, Sobre quem as fechou, Sobre a intenção, Sobre a entonação usada, Sobre o sentido de casa palavra. Se a fonte não agrada Soltam-se então as farpas Deturpando, deixando turva da fotografia a imagem. O que importa não foi quem disse E sim a mensagem.

Cleptomaníacos de sentimentos.

    Tenho andado meio ladrão nos últimos tempos. Cleptomaníaco de sentimentos. Tenho roubado amor, solidariedade e paciência. Se não roubar entro logo em abstinência.Roubar da riqueza de todas as coisas simples, nisso que meu roubo se implica. É um roubo que não é egoísta, não restringe, ao contrário, multiplica.     "Eu podia estar matando" ,mas só roubo da fonte certa. E para enganar a larica braba, me serve as pampas um copo d'água. Não quero bancar de esperto, de bacana, ou de poeta. Quero apenas ensinar o que sei pra quem precisa andar em linha reta.     Robin Hood estava certo, que a lenda se faça viva. Tirar dos ricos para dar aos pobres é uma boa alternativa. E a estima do amor sublime pra melhora coletiva se dará através dos roubos, dos novos loucos e do futuro de suas iniciativas.

Vou e deixo fluir.

   Devanear é uma dádiva, divina poesia da imaginação. Criação maior de todos nós, no íntimo mais fundo, abismo da alma indescritível, indecifrável e irreconhecível, muitas vezes por nós mesmos. Nem saberíamos que fazem parte de nós se não estivessem em nossas mentes tonteadas de sentimentos e sensações, coerentes, confusas, sublimes ou terríficas.     Não preciso dizer quem, o que, quando, ou onde. A vontade de gritar pro mundo é mundana. Eu quero gritar, mas que se grite com o pensamento. Aquele que mesmo assim me ouvir será muito mais digno de saber o que se passa nesse tornado interno, de coração grande, corpo frágil, alma rebelde e mente confusa. A vontade de gritar é mundana. Então que se mude de vontade, ou que se entenda melhor a mesma.     Quem disse que quero coisas desse mundo? Desse mundo eu já comi, bebi, cherei, senti, senti muito, de diversas formas, boas, ruins, profundas e rasas. Vou pensar alto, no último volume, pra ecoar no universo, a vontade, ficar a vontade com