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Mostrando postagens de 2012

Cadê o meu grão de areia pra eu transformar em pérola?

    Uma confusão astronômica.     Muita chuva e vento.     Tornados e até tufões na minha cabeça,     caos pra todos os lados.     O mar está agitado.     Alguém viu aquela árvore cair sobre o carro?     O que foram aqueles trovões e relâmpagos?     Estrela cadente que é bom nada, né?     E o disco voador pra me inspirar sobre o desconhecido?     Anteontem escrevi uma música     e hoje já não lembro mais como cantá-la.     Cadê o meu grão de areia pra eu transformar em pérola?     Quer saber, vou fazer esteira de olhos fechados     para, pelo menos, parecer que eu estou fugindo.

J.U

Juliana o teu sorriso  é a paz no infinito.  É o calor de um fim de tarde de verão. Juliana o teu sorriso é muito mais do q bonito,  me ajuda a me encontrar dentro de mim.  E é mesmo simples assim,   como feijão com arroz.  Por que deixar pra depois? Juliana o teu sorriso  me aquece corpo e alma.  É ansiedade boa que acalma.  Meu amor, não quero nada não.  Quero apenas ter meu coração  a bater feliz e somente por ti.

Por dias melhores.

Mais uma noite de empreiteiras, saúde precaria, transporte viciado, corrupção, superfaturação... Mais uma noite de debate. Epiléticos nas cadeiras, nas poltronas, ou em frente a púlpitos cinzentos. Mais uma noite em que a história política do nosso país é discutida. Mais uma noite que apenas a batalha foi vencida. Mais uma noite em que poucos dormirão tranquilos. Poucos comerão pão com presunto pela manhã. Poucos acordarão depois de meio dia sem se preocuparem. Poucos acordarão com frio artificial, em plena primavera. Poucos irão à praia ao invés de trabalharem. Poucos irão estudar ao invés de apenas irem a escola. Poucos passarão fome. Poucos passarão cede. E muitos esperarão por dias melhores.

Gente pra frente.

Pare e pense! Passe um pente fino na mente. Prenda o pranto, se acalente. Não despenque, se sustente. Siga em frente. Passo firme na terra rente ao pé, que quente, não te deixa abalar a sorte conduzida pela fé sempre.

Na rede.

Desfaça o nó fortalecendo o laço. Tecendo o fio da teia mor que implica na rede a resistência necessária  pra sustentar o seu balançar. A rede da vida,  pra um lado e pro outro, segurando firme  contra o vento revés. E os ganchos da rede  como cabeça e pés nos dão a percepção que podem  do ambiente que nos cerca.

Nos campos sem concentração.

Cada pasto que alimente seus cavalos e que as flores não sejam vítimas do acaso. Do desespero sem sossego da fome não controlada falando mais alto que o bom senso, ou cujo instinto só é fomentado por ocasião da incidência da coincidência.

Carta de adeus ao leitor.

    Caros leitores, venho por meio desta despedir-me, não mais escreverei. Cada palavra que me sai do pensamento e se transfigura em linguagem escrita leva consigo uma parte de mim. Muitas partes já doei, outras foram tiradas, muitas arrancadas a força, com força tremenda que me doeu o íntimo, outras foram suaves como flores roçando a minha pele e dentre essas algumas até me geraram leve prazer.     Mas a verdade é que não me aguento mais em forças. Não posso mais perder-me de mim, por vontade, ou sem vontade, sinto-me roubado a vida por cada palavra escrita, proferida, que me fere, que me tira aos poucos a vida. Não mais aguentarei. Ou morro escrevendo e me esvaindo, ou paro e vivo bem, vivo cada palavra ao invés de apenas assisti-la em formato de gloriosa impressão minuciosa e bela.     Esta é a despedida daquele que vos escreveu esta carta e muitas outras histórias. Minha pena não mais será irrigada em tinta preta. Adeus.

Sol de Beatriz

Eu quis te dar o meu amor, mas você não percebeu que pra mim é difícil, sim, pra eu me entregar por inteiro. E disso eu sei, por onde andei eu quis plantar sem preparar a terra. O Sol surgiu, o chão ardeu e tudo secou. Não vou lutar, eu só quero você em paz. Vou me render ao coração que me conquistou e assim viver.

Ter-a-pia de casa-l.

Mais um nome pra lista. Outra vez o destino... existe o destino? Já tinha jurado pra mim mesmo que não falaria mais esse nome. Não acredito em destino. Coincidência é melhor. Um ciclo. Mais um cigarro que virou cinzas. Vicioso? Não. Nesse ponto não. Separação amigável sem partilha de bens. Cada um pega apenas o que realmente é seu e vai embora. O que tiver que ser será. Se tivermos que nos encontrar uma fila de banco, um supermercado, padaria, todos vão estar nos esperando por lá.

Morte do espelho.

Por vezes ao dia penso na morte. Se meus pés morrerem meus joelhos me sustentarão? Se os pés que plantei morrerem frutos não mais darão. Se as fontes de amor morrerem os meus segundos de paz não mais existirão? Saber perder pra morte. Arte insólita e triste. E se eu perder o meu amor? E se meu amor morrer? Se morrerem os dois, o de dentro e o de fora? Aqueles olhos cor de amêndoa não mais me servirão de espelho pois estarão fechados pra sempre.

Ásperas aspas.

Muito se preocupam com as aspas Sobre quem as abriu, Sobre quem as fechou, Sobre a intenção, Sobre a entonação usada, Sobre o sentido de casa palavra. Se a fonte não agrada Soltam-se então as farpas Deturpando, deixando turva da fotografia a imagem. O que importa não foi quem disse E sim a mensagem.

Cleptomaníacos de sentimentos.

    Tenho andado meio ladrão nos últimos tempos. Cleptomaníaco de sentimentos. Tenho roubado amor, solidariedade e paciência. Se não roubar entro logo em abstinência.Roubar da riqueza de todas as coisas simples, nisso que meu roubo se implica. É um roubo que não é egoísta, não restringe, ao contrário, multiplica.     "Eu podia estar matando" ,mas só roubo da fonte certa. E para enganar a larica braba, me serve as pampas um copo d'água. Não quero bancar de esperto, de bacana, ou de poeta. Quero apenas ensinar o que sei pra quem precisa andar em linha reta.     Robin Hood estava certo, que a lenda se faça viva. Tirar dos ricos para dar aos pobres é uma boa alternativa. E a estima do amor sublime pra melhora coletiva se dará através dos roubos, dos novos loucos e do futuro de suas iniciativas.

Vou e deixo fluir.

   Devanear é uma dádiva, divina poesia da imaginação. Criação maior de todos nós, no íntimo mais fundo, abismo da alma indescritível, indecifrável e irreconhecível, muitas vezes por nós mesmos. Nem saberíamos que fazem parte de nós se não estivessem em nossas mentes tonteadas de sentimentos e sensações, coerentes, confusas, sublimes ou terríficas.     Não preciso dizer quem, o que, quando, ou onde. A vontade de gritar pro mundo é mundana. Eu quero gritar, mas que se grite com o pensamento. Aquele que mesmo assim me ouvir será muito mais digno de saber o que se passa nesse tornado interno, de coração grande, corpo frágil, alma rebelde e mente confusa. A vontade de gritar é mundana. Então que se mude de vontade, ou que se entenda melhor a mesma.     Quem disse que quero coisas desse mundo? Desse mundo eu já comi, bebi, cherei, senti, senti muito, de diversas formas, boas, ruins, profundas e rasas. Vou pensar alto, no último volume, pra ecoar no universo, a vontade, ficar a vontade com

Não é uma história de amor entre a borboleta e a flor.

Desabafa em voz a flor, pensando estar sozinha: - Me abro para uma de cada vez. Me entrego até o fim, Toda a doçura se vai de mim. Não me importo com a beleza em si, contanto que me cheirem, que me toquem... É o suficiente para me fazer sorrir. Ouvindo isso a borboleta se aproxima roubando néctar e fala: - Bela! Mas que bela! Não concordo com o discurso, mas o mesmo não me interessa. Eu quero todas pra mim, ao mesmo tempo é ainda melhor, (gargalhou) sou uma peça! Eu sou assim. Eu coleciono cheiros, cores, sabores. Prefiro amar sem fim, muitos foram os meus amores. A minha vida é só prazer e sim, polinizo... sem querer, é a natureza do meu ser. E nesse momento, a flor ofendida não chora, porém derrama uma gota de orvalho no chão vermelho cor de amora. A borboleta, atônita, se retira a favor do vento para então não se cansar. Também dessa conquista sempre se lembrará, mas em respeito a flor não comemora.

Um sopro d'alma.

Eu preciso encontrar um amor de verdade. Que me deixe viver esse amor a vontade. Que não diga mentiras, mentiras de amor. E que me faça saber o quanto sou amado. Eu só quero no amor poder ser feliz E dividir esse amor com alguém, como eu sempre quis. Rezar pra que os céus abençoem esta união de duas almas que não suportam mais solidão.

Quando...

Quando a barba pinica, o sono não pinta, a noite é cinza e ninguém pra abraçar. Quando o tempo está feio, não há um ficheiro, as cartas na mesa, sem querer blefar. Quando o esporte é o cansaço, sem força no braço pra lançar a bola e tentar marcar. O jogo acabado por falta de tato, ou fato do acaso fadado ao fracasso e mesmo assim não ligar. Não querer vencer nem sempre é desistir. Deixar apenas correr o curso que tiver que seguir e não reclamar.

Anjo da guarda.

A voz que fala comigo ternura ao pé do ouvido. A força que joga pra frente, atenção que me salva sempre. O que me vem em pensamentos leves e me completa em epifanias lindas. Um amor desconhecido e perto. Que não descansa nunca, não faz greves. Trabalhador eterno das boas causas esperançoso e pacífico. Das canções mais belas do chamado paraíso.

Devaneio de domingo.

Qualquer lugar que seja meu por um segundo. Qualquer instante de paz que reine em silêncio profundo. Qualquer raio de Sol que clareie meus pensamentos, meu espírito. Qualquer momento que eu respire e me sinta parte desse mundo. Uma gota de chuva que me desperte à atenção. Um beijo roubado que me instigue o tesão. Um sorriso largo de quem quer mostrá-lo além da boca. Um abraço apertado que me esquente o coração. O momento exato de se saber parar. O impulso forte de se levantar. O caminho torto até se perder. O sincero querer de se encontrar. A caneta é falha, mas o bilhete foi escrito. A transpiração em palavras pra conter o grito. A tão sonhada paz, longe em dimensões gigantes. A certeza de que estou prestes a mergulhar no infinito.

Nos tempos da desgraça a alheia não me incomoda.

Em plena vivência de aquecimento global as pessoas se trancam em seus iglús. Meu iglu, seu iglu, o iglu deles. E lá fora? Deserto. Coca cola? Pra dentro! Meu iglu interno. Meu iglu mental  que congela a minha capacidade de pensar. Livre arbítrio industrializado, ideia pré fabricada de cunho duvidoso, malcheiroso e confuso. Por que me misturar a isso tudo? Afinal eu tenho o meu iglu confortável  e aéreo condicionado. 

Aproveite os dias.

Há quanto tempo que não olhamos para o céu? Quantas estrelas não desenhadas no papel? Quantas histórias deixamos de ouvir preocupados com o tempo? Quantos beijos, abraços, sorrisos escondemos, preocupados em perdermos o ônibus que nos levará pra longe de casa?

Nada de ilusão.

Morena do sul, meu embalo de Carnaval em céu azul. Na alegria da folia eufórica e mágica és fantasia real do inesperado. Que anima meu inconsciente  me mantendo inspirado, excitado, porém atento para não cair em alguma ilusão. Não me entenda mal pela minha inconstância. Não pare sua vida por alheia ignorância. Espero que entre nós haja sempre pureza e inocência Pois eu sempre irei vê-la, em seu sorriso, como um pavio de esperança.

Coincidência?

     A história pode ser absurda. Na minha opinião é bonita, surpreendente. Muita gente não acredita em coincidências.      Como duas pessoas em uma cidade em pleno Carnaval podem se encontrar duas vezes em locais diferentes?Coincidência?     ...Coincidir, no dicionário: "Ajustar-se perfeitamente (uma linha ou superfície sobre outra).Acontecer, suceder ao mesmo tempo ou ocupar o mesmo período de tempo.Combinar, concordar.Cair, incidir, incorrer."      Se "ajustar-se perfeitamente" cabe como descrição, eu acredito em coincidência, já que corpos tem formas geométricas que se encaixam, se completam, se parecem, combinam, concordam e podem incidir, incorrer e até mesmo caírem nos mesmo erros, acertos, nas dúvidas, nas surpresas da jornada, assim como foi encontrá-la, coincidindo em meio a multidão.

Cavando covas no teu sorriso

Procurando o tesouro, cavando as covas do teu sorriso eu acho ouro. Brilhante e puro na escuridão forte e ofuscante. A luz é provocante, instigante assusta o que dali pode sair, sem dúvida humano, falho, porém gigante. Tamanho não é o que te faz grande, mas a nobreza do teu coração, muitas vezes egoísta, mas por auto proteção. Teu ego não te impede de ser simples. A beleza que tu tens intriga montanhas Fissuras nas pedras, no franzir de sobrancelhas ao falar sério que me desconcerta em um segundo de perfeição.

O amor da Terra

Muita coisa mudou, já não somos os mesmos. Os sons e os beijos. O amor. Que muda de endereço, de nome e sabor. Com o amor se aprende o que é o romance em todos os cantos da Terra, nas mais variadas formas e em melodias belas. Se a paz nunca foi absoluta no mundo, ao menos o amor nos toca mais do que a guerra.

Surpreenda-se

Das vezes que eu tento fazer algo diferente, ser mais espontâneo, impulsivo, mas alegre, menos pensativo, sério e chato, a surpresa nem sempre é boa. Mesmo eu tentando surpreender a mim mesmo. Mas, isso é ousadia? Tentar surpreender a si mesmo uma vez? Não! Supreenda-se duas, três, quatro vezes. Se a primeira surpresa não foi boa, talvez a segunda seja e se não for, talvez a terceira seja. Surpreenda-se até três vezes e se o final não for bom a quarta vez é por sua conta e risco, ou você simplesmente aceita o fato do universo não conspirar ao seu favor naquela noite.