Noites cansadas, dias vazios. Coberto até o pescoço e o corpo frio. Longe do que aquece,do que acalma. Um pedaço de carne no cio. Longe da roda que impulsiona pra frente e move em glorioso atrito. Na fronteira da solidão, encarando-a de frente e invadindo seu território. A vizinhança já não é quente. Mudar-se é uma opção, porém chata, cansativa e trabalhosa. Por reconquistar tudo o que tinha até então. Mas o que havia naquele terreno de vizinhança tão amarga senão a mais indeclarada solidão?