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Mostrando postagens de julho, 2012

Nos campos sem concentração.

Cada pasto que alimente seus cavalos e que as flores não sejam vítimas do acaso. Do desespero sem sossego da fome não controlada falando mais alto que o bom senso, ou cujo instinto só é fomentado por ocasião da incidência da coincidência.

Carta de adeus ao leitor.

    Caros leitores, venho por meio desta despedir-me, não mais escreverei. Cada palavra que me sai do pensamento e se transfigura em linguagem escrita leva consigo uma parte de mim. Muitas partes já doei, outras foram tiradas, muitas arrancadas a força, com força tremenda que me doeu o íntimo, outras foram suaves como flores roçando a minha pele e dentre essas algumas até me geraram leve prazer.     Mas a verdade é que não me aguento mais em forças. Não posso mais perder-me de mim, por vontade, ou sem vontade, sinto-me roubado a vida por cada palavra escrita, proferida, que me fere, que me tira aos poucos a vida. Não mais aguentarei. Ou morro escrevendo e me esvaindo, ou paro e vivo bem, vivo cada palavra ao invés de apenas assisti-la em formato de gloriosa impressão minuciosa e bela.     Esta é a despedida daquele que vos escreveu esta carta e muitas outras histórias. Minha pena não mais será irrigada em tinta preta. Adeus.